Recentemente, li vários livros do Coetzee, principalmente seus livros de autoficção.
Cheguei em Foe por ele ser citado no livro Verão, mas confesso que depois que comprei é que fui prestar atenção na sinopse. E me decepcionei.
Na minha cabeça a premissa que eu li na orelha do livro me fez pensar em uma trama complexa e confusa, muito provavelmente cheia de referências literárias que iriam deixar tudo monótono e enfadonho.
Acho que isso é normal, né? Todos nós tentamos imaginar a história que está por vir, numa tentativa de definir se vale a pena ler livro.
Mas não é a toa que Coetzee recebeu o prêmio Nobel.
O livro superou todas minhas expectativas. Trata-se uma bela história sobre as inspirações, as musas e o ofício do escritor, mas tudo isso contado de uma forma maravilhosa.
E além de ler uma obra incrível, que me ensiniu várias coisas como escritor, aprendi uma lição ainda maior. Daqui pra frente, darei mais chances aos livros cujas sinopses pareçam estranhas e formem histórias mediocres na minha cabeça.
Muitas vezes, a mediocridade está só na nossa imaginação 🙂